terça-feira, 20 de maio de 2008

Disputa olímpica chega a sua reta final

Com apenas oito etapas a serem jogadas pelo Circuito Mundial que contam pontos para a classificação olímpica, as duplas brasileiras entram em uma fase decisiva na disputa pelas duas vagas em cada naipe do país nos Jogos de Pequim. Mas, com quatro etapas Opens e principalmente com quatro Grand Slams – que tem pontuação maior – a serem disputados muita coisa ainda pode acontecer. É nisso que apostam as duplas que ainda sonham em conquistar a vaga, mas que hoje estão atrás na corrida olímpica.

A disputa mais acirrada promete ser no masculino. Afinal quatro duplas brasileiras ocupam as seis melhores colocações no ranking que é feito com as oito melhores pontuações desde o ano passado, e que se encerra após a etapa de Marselha (15-20 de julho). Três delas inclusive lideram essa lista que define as vinte e quatro duplas que disputarão os Jogos.

Virtualmente classificados, afinal estão quinhentos pontos a frente dos segundo colocados, Ricardo e Emanuel sabem que precisam manter um bom ritmo para não correr riscos. Mesmo assim, eles fizeram toda a sua preparação voltada aos Grand Slams, e também já pensando na Olimpíada. “Os resultados agora não são tão importantes pra nós, precisamos é manter nosso foco no planejado”, avisou Emanuel. De qualquer forma a dupla espera conseguir chegar ao título em alguma das três etapas Opens que disputarão nas próximas semanas para aumentar ainda mais a sua diferença para os rivais.

Já a briga pela segunda vaga promete ser uma das mais emocionantes. Depois de terem conseguido abrir vantagem ao obterem melhores resultados nos Grand Slams ano passado do que seus adversários, Márcio e Fábio Luiz foram assistindo a diferença cair gradativamente até os atuais 180 pontos. Campeões em cinco das sete últimas etapas que disputaram Pedro Solberg e Harley querem continuar mantendo o ritmo para fazer essa diferença cair ainda mais. Para empatar com os rivais antes dos Grand Slams eles precisam ganhar mais uma etapa e ficar em segundo em outra, e torcer para que seus rivais não cheguem a mais nenhuma decisão.

Já Pedro/Franco, que começaram a disputa como terceira força hoje tem que tirar uma desvantagem de quinhentos e quarenta pontos para seguirem sonhando com a vaga. Apesar do desgaste com a disputa de country-quotas e qualifying em todas as etapas o veterano franco acredita na classificação: “Um guerreiro jamais desiste”.

- Feminino tem novas duplas na briga

A grande novidade de 2008 foi a divisão e formação de novas duplas para tentarem conquistar uma das vagas brasileiras em Pequim. Com o fim da parceria entre Leila e Ana Paula formaram-se duas novas duplas atrás da classificação: Ana Paula/Shelda e Leila/Sandra.

Mas ambos os times acreditam que a briga será somente pela segunda vaga, já que consideram Juliana e Larissa classificadas para os Jogos. Embora as campeãs pan-americanas não tenham matematicamente garantido o “carimbo no passaporte” a sua situação atual é bastante confortável, afinal elas tem 980 pontos de diferença sobre Renata/Talita, segunda dupla colocada no ranking olímpico brasileiro.

Mas, começar do zero – já que apenas os pontos da dupla e não a pontuação individual das atletas vale para a classificação olímpica – dificultou e muito a situação das novas parcerias. Principalmente de Leila/Sandra que não conseguiram passar de nenhum country-quota nas primeiras etapas e ainda passam a depender agora da abertura de uma vaga para poder disputar essa fase preliminar. Já Ana Paula e Shelda ao menos já começaram o ano com bons resultados. A dupla acumula um segundo, um terceiro e um quarto lugar nas três primeiras etapas do tour mundial em 2008. Mesmo assim, com suas rivais pela vaga (Renata/Talita) chegando a duas decisões nessas etapas, sabem que ainda precisam correr atrás. “Não temos chances de errar. Foi bom ter começado o ano bem assim porque dá confiança, mas precisamos manter o ritmo se quisermos a vaga”, lembra a experiente Shelda que terá que comandar a sua dupla a finais nas etapas Open e semifinais em Grand Slam para seguir sonhando com Pequim.

Outra dupla que ainda é motivada por esse sonho são as irmãs Maria Clara e Carol. Porém a dupla precisa voltar a disputar e obter bons resultados na chave principal dos torneios – ficaram de fora na semana passada em Seul e essa semana em Osaka – para continuar sonhando com a viagem para a China.

Já Renata e Talita sabem que já obtiveram bons resultados, mas não pensam em relaxar, pois disputa é boa. “Temos sempre que partir do princípio que não fizemos ainda nada. Se entrarmos em toda etapa querendo ganhar vamos não só confirmar a vaga como aumentar nossa atual pontuação”, acredita Renata.

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