Para uma dupla brasileira a viagem de cerca de 14.000 quilômetros até a cidade de Adelaide, na Austrália, pode ser interminável. É que com cinco parcerias inscritas na primeira etapa do Circuito Mundial feminino o país terá que mandar de volta pra casa uma delas após apenas 40 minutos de jogo.
Pré-classificadas a chave principal da competição, Juliana/Larissa, Renata/Talita e Ana Paula/Shelda esperam a definição do qualifying para conhecer todas as suas adversárias na primeira competição de 2008 que conta pontos para a corrida as duas vagas brasileiras em Pequim. Para as outras duas duplas o caminho é mais longo, e uma delas irá enfrentar o fuso horário de 13 horas apenas em um único jogo. Como cada país pode classificar apenas uma parceria a fase de qualificação Maria Clara/Carol e Leila/Sandra se enfrentam no chamado country-quota, no qual uma única partida define quem segue na competição e quem volta pra casa. “A tensão que dá saber que se você perder está fora do torneio faz com que esse jogo seja muito diferente”, analisa Maria Clara que ao lado de sua irmã passou por esse pré-torneio em diversas etapas no ano passado.
Para conseguir manter-se na briga pelo título australiano a dupla tem treinado bastante, mas bem perto, a 700 metros do local de treinamento delas, a dupla Leila/Sandra está treinando cerca de 4 a 5 horas diárias. “Nós fizemos uma preparação especial pensando em Maria Clara e Carolina nos nossos últimos treinos”, revelou Sandra Pires que tentará aumentar na semana que vem o seu currículo de três medalhas conquistadas no Circuito Mundial na Austrália (ouro em 97 e prata em 95 ao lado de Jackeline e bronze em 2000 jogando ao lado de Adriana Samuel). Mesmo com essa preparação especial para o jogo ela não esconde a preocupação de jogar contra as filhas de Izabel: “Preferia jogar contra estrangeiros porque eles respeitam muito o Brasil. Já as meninas estão jogando super bem e a gente se conhece bastante”.
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